A VIOLÊNCIA POLICIAL CONTRA CRIANÇAS NEGRAS NO BRASIL: UM PROBLEMA ESTRUTURAL IGNORADO

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Desde uma tenra idade, as crianças negras no Brasil estão familiarizadas com a violência perpetrada por agentes de segurança pública. De acordo com uma pesquisa realizada pelo Núcleo de Estudos da Violência da Universidade de São Paulo (USP), elas são abordadas em ações policiais duas vezes mais do que as crianças brancas ou pardas.

Essa realidade cruel expõe um problema que perdura há séculos, mas a sociedade brasileira continua a ignorá-lo. O estudo revela que 21,51% dos jovens negros menores de 14 anos já foram revistados pela polícia.

Os dados do Anuário de Segurança Pública complementam essa grave situação, classificando-a como “escandalosamente evidente” e sugerindo a ocorrência de um genocídio em curso no país, com os principais alvos sendo os pretos, pardos e indígenas. Não surpreendentemente, os registros de racismo aumentaram em 50% no último ano, totalizando 2.458 ocorrências.

Quando se analisa a questão sob o recorte dos agentes de segurança pública, o racismo torna-se ainda mais explícito. Esses agentes, cuja missão é proteger a vida dos cidadãos, têm como principais vítimas pessoas de cor bem definida: em 2022, 83% dos mortos eram negros e 76% estavam na faixa etária entre 12 e 29 anos.

É evidente que a violência policial não reduz a violência, muito pelo contrário. Para que o Brasil possa avançar na redução das desigualdades sociais e trilhar um caminho de crescimento, é imprescindível que o governo, sob a liderança do Presidente Lula, enfrente essa realidade de frente. Isso significa combater o racismo estrutural desde suas raízes e, especialmente no caso das forças de segurança, implementar medidas eficazes para garantir a proteção à vida de todos os cidadãos, independentemente de sua origem ou cor de pele. A proteção à vida é um direito fundamental que deve ser assegurado a todos os brasileiros.

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