A falta de responsabilidade social dos bancos é demais. As empresas que mais lucram no país estão cada vez mais agressivas nas demissões. Nos 12 meses encerrados em junho passado, foram eliminados 4,6 mil postos de trabalho.
Especialmente em junho, o saldo negativo foi de 899 postos. Destes, 57,8% são resultantes de demissões sem justa causa, segundo estudo do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos).
As áreas mais impactadas incluem bancária e financeira, administrativa e atendimento ao público. Embora as ocupações de gerenciamento também apresentem redução notável, com menos 3.072 vagas.
O cenário ocorre, principalmente, porque os bancos estão adotando estratégia de fechamento de agências, demissões e terceirização, enquanto continuam a ter lucros bilionários.
Não para por aí. A pesquisa verificou aumento expressivo da desigualdade de gênero. As mulheres representam 45,9% das admissões e 50,4% dos desligamentos. Quanto a faixa etária, os trabalhadores com até 29 anos tiveram saldo positivo de 502, enquanto as faixas etárias superiores registraram um fechamento de 1.401 vagas.
Salário
O salário médio mensal de um bancário admitido em junho foi de R$ 6.308.16, em contraste com os R$ 7.496,81 pagos aos desligados, o que revela uma clara estratégia dos bancos para reduzir a folha salarial.
Fonte: SBBA