DIA DO BANCÁRIO: CATEGORIA TEM MUITO A COMEMORAR

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Hoje, 28 de agosto, comemora-se o Dia do Bancário. A data foi criada para lembrar de uma grande vitória da categoria. A história das bancárias e bancários é marcada por muitas conquistas!

Histórico

No dia 28 de agosto de 1951, os bancários decidiram cruzar os braços para reivindicar um reajuste salarial de 40%. Os bancos queriam dar apenas 20%.

Os índices oficiais do governo na época apontavam um aumento de 15,4% no custo de vida. Os bancários refizeram os cálculos e o próprio governo teve que rever seus índices, que saltou para impressionantes 30,7%. Depois de 69 dias de paralisação, os bancários conquistaram 31% de reajuste. Foi a maior greve da história da categoria. O dia 28 de agosto passou a ser considerado como o Dia do Bancário.

Muito além do reajuste

Mas, além do reajuste, a greve de 1951 também fez surgir sindicatos de bancários em vários pontos do país. Assim, também é indiscutível a importância da greve para a organização da luta da categoria, que de lá para cá obteve muitas outras conquistas.

Outro mérito da greve de 1951, foi a contestação dos dados oficiais do governo. A partir daí, surgiram as bases para a criação do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). O Dieese nasceu com o objetivo de municiar os trabalhadores com dados estatísticos confiáveis.

Ao longo do tempo, com muita mobilização e algumas greves, a categoria conquistou direitos importantes como a jornada de 6 horas (1933), garantia do recebimento de hora extra (1957), extinção do trabalho aos sábados (1962), auxílio-creche (1981), vale-refeição (1990), vale-alimentação (1994), PLR – participação nos lucros e resultados (1995), 13ª cesta alimentação (2007) e licença maternidade de 180 dias (2009).

Em 2003, os bancários obtiveram uma das suas mais importantes conquistas: a unificação da campanha salarial dos bancos públicos e privados. Em 2006 veio outro grande avanço, a assinatura de uma Convenção Coletiva de Trabalho com abrangência nacional.

Essas são conquistas importantes, que precisam ser celebradas sempre. Mas, a categoria também precisa permanecer atenta e unida para impedir retrocessos. Nenhum direito está plenamente garantido e isso ficou bem claro nos últimos 6 anos, com os governos Temer e Bolsonaro.

Mesmo após quase de 90 anos, a jornada de trabalho dos bancários ainda está sob ameaça, juntamente com o direito ao descanso nos finais de semana. Os bancos tentam também, continuamente, desmobilizar os trabalhadores, com programas de metas que incentivam a concorrência entre os pares, a oferta de acordos individuais, com supostas vantagens e os constantes ataques ao movimento sindical.

A unidade é a maior conquista da categoria, que deve ficar atenta para não cair em armadilhas dos patrões!

Fonte: Contraf com Feebbase

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