ONDAS DE CALOR: COMO AFETAM O BRASIL E OUTROS PAÍSES?

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Provavelmente, as notícias sobre a onda de calor que atingiu o Brasil e outros países do mundo já passaram pelo seu feed no Instagram. Invernos quentes e históricos por aqui e verões com calor extremo no hemisfério Norte tornaram-se notícia no último mês. Mas, afinal, o que está acontecendo com o clima mundial? Reunimos algumas informações importantes para manter você atualizado sobre o assunto.

O que é onda de calor?

Onda de calor é um período prolongado de altas temperaturas em determinada região, que geralmente excede as médias sazonais, àquelas habituais da estação vigente. Ela pode causar impactos significativos nas condições climáticas, na saúde humana, na economia e no meio ambiente.

Durante uma onda de calor, as temperaturas, tanto no período diurno quanto noturno, permanecem elevadas por um longo período, muitas vezes resultando em condições climáticas extremas.

Causas das ondas de calor

Segundo a Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos Estados Unidos (NOAA), as ondas de calor são resultado de ar aprisionado, em razão de um sistema de alta pressão atmosférica.

A onda de calor ocorre quando uma área está sob a influência desse sistema de alta pressão atmosférica, que bloqueia a movimentação das massas de ar e impede a dissipação do calor acumulado. Isso resulta no aumento gradual das temperaturas, que podem atingir níveis anormalmente altos.

Os eventos climáticos extremos estão se tornando mais frequentes e intensos em todo o mundo. Eles são consequência das mudanças climáticas causadas pelo aumento das emissões de gases de efeito estufa, que resulta no aquecimento global.

Além disso, fenômenos climáticos, como o El Niño e a La Niña, também podem influenciar nas temperaturas globais.

Efeito Estufa, Desmatamento e Aquecimento Global

De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), desde 1800, o principal impulsionador das alterações são as atividades humanas, principalmente aquelas que envolvem a emissão de gases do efeito estufa. Ele resulta da queima de combustíveis fósseis, como carvão, petróleo e gás, além do crescimento de áreas desmatadas e de outras ações industriais e agrícolas.

As emissões continuam aumentando e a concentração dos gases de efeito estufa está em seu nível mais alto em 2 milhões de anos. Já o desmatamento, conforme mostra a Pesquisa de Sensoriamento Remoto da Avaliação Global de Recursos Florestais, tem números diferentes no mundo e no Brasil.

Mundialmente, o desaparecimento das florestas diminuiu cerca de 30% (de 2010 a 2018). Enquanto no território brasileiro, em 2022, houve um crescimento de 22,3% de áreas desmatadas, com cerca de 21 árvores derrubadas por segundo apenas na Amazônia, aponta o MapBiomas Alerta, iniciativa do Observatório do Clima da ONU.

Diante desse cenário de variações, a Terra ficou cerca de 1,1 °C mais quente desde o final do século 19. Com isso, chegamos ao aquecimento global, que consiste no aumento da temperatura média da superfície da Terra e da atmosfera terrestre, devido à elevada concentração de gases do efeito estufa ao longo do tempo.

Esses gases, como dióxido de carbono e metano, retêm o calor do sol e causam um desequilíbrio no clima, levando também ao derretimento das calotas polares, à elevação do nível do mar, às alterações nos padrões de chuva e a outros eventos extremos.

É essencial entender, então, que as mudanças climáticas estão diretamente relacionadas ao aumento de frequência, intensidade e duração das ondas de calor em muitas partes do mundo.

Fonte: aprovatotal.com.br

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