O Itaú, que não tem dó de intensificar a cobrança de metas abusivas, assediar e demitir funcionários, é o mesmo banco que gasta milhões para contratar o ator americano Sylvester Stallone e Marcos Mion para um comercial do Itaú Uniclass, que estreou na TV nesta semana.
Ao invés de investir em melhores condições de trabalho, o maior banco privado do país impõe metas inalcançáveis e, de quebra, contrata Stallone para maquiar a realidade e vender produto.
Na divulgação do filme “Os mercenários”, o ator e diretor fez um comentário extremamente preconceituoso de que o rodar o longa no Brasil deu mais liberdade para o uso de violência. “Você pode explodir o país inteiro e eles vão dizer ‘obrigado, e aqui está um macaco para você levar de volta para casa’”.
O Itaú se diz interessado na ESG – sigla em inglês traduzida como Ambiental, Social e Governança, que é utilizada para medir as práticas ambientais, sociais e de governança de uma empresa – mas contrata uma pessoa preconceituosa para fazer propaganda.
Pagar um ator com este tipo de discurso é perverso não só com os trabalhadores, mas como com o país e a população. Apenas no primeiro semestre deste ano, o lucro do Itaú ultrapassou os R$ 17 bilhões, mas não impediu a queda de 1,5 mil funcionários no quadro de pessoal e no fechamento de agências físicas e os postos de atendimento. Foram 106 a menos de janeiro a junho.
Fonte: SBBA