No mundo contemporâneo, o tempo dedicado ao trabalho muitas vezes ultrapassa as fronteiras do equilíbrio entre vida profissional e pessoal, relegando grande parte da população a uma rotina exaustiva e desgastante.
A jornada de trabalho, em especial o paradigma 6×1, é uma realidade insustentável para milhões de brasileiros, impondo-lhes uma dinâmica que, em muitos casos, dificulta a busca por qualificação, lazer e convivência familiar.
Desde os primórdios da Revolução Industrial, a luta pela redução da jornada de trabalho acompanha a trajetória da classe trabalhadora. A crescente demanda por mudança estrutural se justifica não somente pela busca por novos postos de trabalho, mas pela necessidade de viver.
A rigidez da jornada 6×1, que estabelece um padrão de seis dias de trabalho por apenas um de folga, impõe um fardo desproporcional aos trabalhadores de setores comerciais, farmacêuticos e de serviços, subjugando-os a salários muitas vezes baixos.
Segundo o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), a redução da jornada para 40 horas semanais vai gerar mais de 3 milhões de novos postos de trabalho. Uma subsequente redução para 36 horas geraria aproximadamente 6 milhões de empregos.
A OIT (Organização Internacional do Trabalho) recomenda jornada de 40 horas semanais, com estudos que evidenciam os impactos negativos na saúde física e mental dos trabalhadores quando submetidos a períodos excessivos.
Fonte: SBBA