GAZA CHEGA AO NATAL COM 8 MIL CRIANÇAS ASSASSINADAS EM 77 DIAS
Hoje marca o 26.º dia desde o reinício dos ataques israelenses e bombardeios contra a sitiada Faixa de Gaza, que já perdura há 78 dias. A breve “trégua humanitária” durou apenas uma semana. A campanha militar de Israel em Gaza é considerada uma das mais destrutivas da história moderna em tão pouco tempo.
O advogado internacional Tayab Ali adverte que a ausência de processos do Tribunal Penal Internacional (TPI) contra Israel por crimes de guerra em Gaza seria o fim do direito internacional. A Forensic Architecture coletou evidências visuais dos ataques israelenses ao maior hospital de Gaza, o Al-Shifa, indicando um direcionamento deliberado ao sistema de saúde.
Em feriados como o Natal ou a Páscoa, os cristãos em Gaza enfrentam restrições para ir a Belém, necessitando de autorização das autoridades israelenses. Este ano, não haverá celebrações tradicionais no local de nascimento de Jesus Cristo. Em vez disso, rezarão pelo fim do genocídio em Gaza.
Os números provisórios indicam que a agressão em Gaza e na Cisjordânia causou 20.561 mortes e 58.450 feridos desde 7 de outubro, com 8 mil crianças entre os mortos e 4.700 desaparecidos. A ONU adotou uma resolução urgente para ajuda humanitária, mas organizações a consideram insuficiente diante da magnitude da crise.
Tedros Adhanom Ghebreyesus, da OMS, saudou a resolução, mas destacou a necessidade de um cessar-fogo imediato diante das devastadoras consequências da guerra. O representante palestino na ONU vê a resolução como um passo positivo, mas pede pressão maciça para um cessar-fogo imediato.
Após quatro adiamentos, o Conselho de Segurança da ONU aprovou a resolução com 13 votos a favor e nenhum contra. Em Belém, a cidade natal de Jesus, não haverá árvore de Natal devido à devastação causada pela ofensiva israelense em Gaza.
Os líderes religiosos de Jerusalém se reuniram com o presidente israelita, Isaac Herzog, para exigir o fim do derramamento de sangue em Gaza e o levantamento de barreiras na Cisjordânia. Fotos comparam o Natal em Belém em anos normais e em 2023, evidenciando a tristeza e destruição causadas pelo conflito.