APÓS DECISÃO DE TOFFOLI, CAIXA ESTUDA PAGAR DÍVIDA COM FUNCEF

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Em resposta à decisão do ministro Dias Toffoli, o presidente da Caixa Econômica Federal, Carlos Vieira, anunciou ontem uma possível mudança na abordagem do banco em relação à sua dívida com a Fundação dos Economiários Federais (Funcef). A instituição está atualmente avaliando a viabilidade de quitar o débito, ao mesmo tempo em que considera a redução dos pagamentos destinados aos aposentados da Caixa, buscando equacionar os déficits originados em casos de corrupção.

A reviravolta ocorre após Toffoli suspender o pagamento de uma multa expressiva de R$ 10 bilhões, parte integrante do acordo de leniência da J&F. Desse montante, R$ 1,75 bilhão estava designado para a Funcef.

Em nota divulgada no dia 21/12 , a Fenae disse que a decisão prejudica o financiamento da Fundação dos Economiários Federais, a Funcef, instituição que administra a previdência complementar dos funcionários da Caixa. Segundo a Fenae, a Funcef contava com 1,75 bilhão de reais oriundos do acordo suspenso por Toffoli, e o não recebimento “vai causar um prejuízo enorme aos participantes”.

Até o fechamento do último ano, a dívida da Funcef alcançava a cifra de aproximadamente R$ 8 bilhões. Uma parte do déficit estava sendo compensada pela J&F como parte de seu acordo de leniência. A empresa comprometeu-se a transferir R$ 1,75 bilhão para a Funcef, dos quais R$ 133 milhões já foram repassados. A suspensão do acordo pela decisão de Toffoli no mês passado não apenas interromperá os pagamentos futuros à Funcef, mas também coloca em xeque a continuidade do fundo, que pode ter que reembolsar os R$ 133 milhões já recebidos.

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