Em 2023, a renda domiciliar per capita nominal mensal no Brasil alcançou o valor de R$ 1.893, revelam os cálculos baseados na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), conforme divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Em 2022, o rendimento mensal domiciliar per capita havia sido calculado em R$ 1.625 no Brasil, também em termos nominais. Ou seja, ao chegar a 1.893 no país em 2023, o indicador teve alta de 16,5%.
Esses dados, exigidos pela Lei Complementar 143/2013 para o rateio do Fundo de Participação dos Estados e do Distrito Federal (FPE), destacam uma disparidade significativa entre as regiões do país. Enquanto o Distrito Federal registrou a renda domiciliar per capita mais alta, atingindo R$ 3.357, o Maranhão apresentou a menor renda, com apenas R$ 945.
Em estados como São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, a renda per capita nominal ficou em R$ 2.492, R$ 2.367 e R$ 1.918, respectivamente. Esses números ilustram a diversidade econômica e social do país, com diferenças acentuadas entre as unidades federativas.
O IBGE explica que os rendimentos domiciliares são calculados somando-se os rendimentos do trabalho e de outras fontes recebidos por cada morador no mês de referência da pesquisa. O rendimento domiciliar per capita, por sua vez, é obtido dividindo-se os rendimentos domiciliares totais pelo número total de moradores.
A disparidade entre as rendas per capita do Maranhão e do Distrito Federal reflete uma realidade de desigualdade econômica profunda. Enquanto no Maranhão o valor mensal representa apenas cerca de 28,2% do registrado no Distrito Federal, a média nacional ainda está aquém do ideal, evidenciando a necessidade de políticas públicas mais abrangentes e eficazes para reduzir as disparidades regionais.
É importante ressaltar que esses valores são apresentados em termos nominais, ou seja, sem o ajuste pela inflação. Além disso, a divulgação desses dados cumpre um papel essencial na transparência e na formulação de políticas públicas voltadas para a redução das desigualdades socioeconômicas no país.
Portanto, ao analisarmos os números da renda domiciliar per capita no Brasil em 2023, é fundamental reconhecermos não apenas as diferenças regionais, mas também a urgência de medidas que promovam um desenvolvimento mais equitativo e inclusivo em todas as partes do país.
Fonte: Vermelho