RELATORA DA ONU: NEGAR INTENÇÃO GENOCIDA DE ISRAEL NÃO É MAIS VIÁVEL

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A relatora da ONU para os Territórios Palestinos, Francesca Albanese, afirmou ontem (10/04) que a “intenção genocida” de Israel contra o povo palestino “é tão ostensiva que não se pode desviar o olhar, deve ser punida“, e precisa ser objeto de investigação pela Corte Internacional de Justiça. “A comunidade internacional não pode mais ignorar o projeto genocida de Israel nem o fracasso do mundo em responsabilizá-lo; a negação da realidade já não é viável“, enfatizou em uma videoconferência seguida por quarenta universidades espanholas, incluindo a de Oviedo, que agora faz parte da Rede Universitária pela Palestina. Após denunciar que os poderosos membros da ONU “apoiaram Israel enquanto cometia atrocidades”, em vez de deter seu ímpeto, ela também pediu que o embargo de armas seja cumprido e que sanções sejam aplicadas. Albanese, que há duas semanas publicou um relatório apresentando evidências de que crimes constitutivos de genocídio estão sendo cometidos contra a população palestina na Faixa de Gaza, denunciou que Israel destruiu Gaza em menos de seis meses, mas que “as cicatrizes coletivas que deixará no povo palestino permanecerão por gerações“. A relatora da ONU denunciou que Israel tenta legitimar a violência falando de danos colaterais, escudos humanos ou cúmplices terroristas “tentando distorcer o direito internacional humanitário para ocultar padrões de comportamento dos quais só se pode concluir que há uma violência genocida“. Israel, acrescentou, tenta justificar os crimes com base em que “se você disser uma mentira por tempo suficiente, as pessoas acreditarão“, enquanto permanece na “fase mais extrema” de um processo colonial de décadas que começou com a desumanização do povo palestino e que esmaga o direito inalienável à autodeterminação.

Fonte: Vermelho

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