DEBATES RETOMADOS NO BNB

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Mudanças no “Promova-se”, horas extras, ponto eletrônico, saúde, combate ao assédio moral, diversidade e igualdade de oportunidades. A retomada das negociações permanente entre o movimento sindical e a direção do BNB, na sexta-feira (12/04), muitos assuntos foram colocados em mesa.

Entre a prioridades, a implementação de políticas de incentivo à ascensão profissional de gênero. Os representantes dos trabalhadores destacaram ainda a importância das práticas ASG (incorporação, nas análises financeiras, de aspectos ambientais, sociais e de governança).

O conceito ASG traz uma nova maneira de olhar para a sustentabilidade financeira, visando equilibrar o crescimento econômico e o cuidado com as pessoas e o meio ambiente. O BNB gostou da cobrança e citou algumas práticas de incentivo à liderança feminina nos ambientes e nas agências. Se comprometeu ainda a atentar para o conceito.

Com relação ao Promova-se, o banco apresentou as mudanças, atendendo algumas cobranças das entidades. Foi o caso da avaliação curricular, que passou a ter mais peso do que as entrevistas (60%/40%), tornando os processos mais objetivos. O tempo máximo de vacância nos postos de gestão também mudou e agora é de 120 dias, assim como o tempo máximo de substituição.

O movimento sindical solicitou a elevação da pontuação dos caixas, para que tenham mais possibilidades de ascensão. Além disso, as entidades querem que os auxiliares de negócio sejam passíveis de substituição e passe a ter níveis, a exemplo de outras funções do eixo técnico.

Outra demanda diz respeito a comunicação entre o BNB e as entidades. A reivindicação é para que seja criada uma caixa postal para facilitar e agilizar processos. Sobre o ponto eletrônico, os representantes dos trabalhadores querem acesso ao relatório, com objetivo de irregularidades, além de protocolo para funcionários ameaçados. A direção ficou de analisar.

Com relação ao trabalho híbrido, a solicitação é para que os trabalhadores tenham direito à hora extra nos dias em que estiverem trabalhando nas unidades. A direção informou que consultou a Febraban sobre o assunto e a solicitação foi negada devido ao acordo aditivo de trabalho híbrido, realizado na pandemia. A Comissão destacou que vai tratar o assunto na mesa de negociação durante a campanha salarial, para tentar inserir a ressalva na renovação do acordo aditivo.

Ainda no quesito horas extras, o BNB foi questionado sobre os valores pagos nos finais de semana e feriados. Hoje, a adição é de apenas 50%, quando pela lei, deveria ser dobrada. A empresa disse que pratica o que rege a lei e solicitou que as entidades enviem os casos em que isso está ocorrendo. Outra demanda é com relação às horas extras sobre o 13º. Os trabalhadores querem que prevaleça o que for mais favorável ao funcionário, seja a média ou as horas de dezembro.

As pautas foram muitas. Teve ainda discussão sobre a mudanças no quadro de comissionados. O movimento sindical não quer que fique, exclusivamente, a cargo do gerente geral e pede acompanhamento dos processos, já que influencia diretamente na vida dos funcionários.

Com relação à saúde, cobrou que a avaliação daqueles que estão voltando de licença fosse readequada. Além disso, solicitou que fosse disponibilizado às entidades sindicais o relatório de afastamentos para acompanhamento.

Na pauta de igualdade de oportunidades, querem a implementação de uma política de atenção aos casos de deficiências não visíveis/neurodeficiências, além da inclusão da questão sobre saúde mental nos programas do PCMSO.

Por fim, a direção da empresa solicitou o apoio para os casos de assédio, enfatizou que não compactua com a prática e vai coibir com veemência todos os casos constatados. As entidades aproveitaram a ocasião para solicitar a ampliação da Comissão de Ética.

Fonte: SBBA

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