O encontro dos dirigentes sindicais aconteceu na última sexta-feira, dia 26/04, e contou com debates importantes acerca de diversos assuntos relevantes para a categoria. O resultado das discussões será levado para os encontros específicos por banco durante a 26ª Conferência da Bahia e de Sergipe, marcada para os dias 18 e 19 de maio, em Salvador.
Itaú – Os empregados do Itaú reclamam das metas abusivas, de estarem sobrecarregados, por conta da falta de pessoal nos locais de trabalho, assédio moral e demissões. O descaso em que os trabalhadores são submetidos ainda surpreende. O maior banco privado do país lucrou mais de R$ 35 bilhões no ano passado, mas a direção da empresa não tem vergonha de desligar funcionários.
Durante encontro de dirigentes da Bahia e Sergipe, a defesa do emprego e da saúde dos bancários do Itaú estiveram em discussão. Os casos de preconceito e perseguição com os funcionários lesionados que voltam a trabalhar foram discutidos. Os empregados adoeceram por conta do trabalho no banco, seja com LER (Lesões por Esforços Repetitivos) ou adoecimento mental, pois a depressão, ansiedade e síndrome de Burnout são comuns entre quem trabalha na empresa.
Santander – Segurança, cobranças de metas, emprego, manutenção de direitos, condições dignas de trabalho, saúde, demissões e terceirização são as principais pautas dos funcionários do Santander.
Por conta da cobrança diária de forma exagerada e o assédio moral impostos pela empresa, sobretudo com a falta de bancários, quem está nas agências precisa dar conta de tudo. Com isto, a saúde dos trabalhadores fica ainda mais fragilizada. Apesar de os 55.615 empregados brasileiros responderem por 17% do lucro global do conglomerado espanhol, não impede que o Santander demita, feche agências e retire portas giratórias em unidades, expondo clientes e funcionários a total insegurança.
Para piorar a situação, o banco amplia a terceirização ao criar sete empresas para atuar com serviços financeiros, deixando de cumprir a CCT (Convenção Coletiva de Trabalho) da categoria.
Bradesco – Os problemas decorrentes da política gananciosa do Bradesco têm preocupado o movimento sindical. Como consequência da reestruturação imposta pelo banco, muitos empregados são dispensados, apesar de o banco informar que as dispensas atuais não têm relação com as mudanças.
Os dados são preocupantes. Mesmo com lucro líquido de mais de R$ 101 bilhões entre 2019 e 2023, fechou mais de 10 mil postos de trabalho. Apenas no ano passado, encerrou as atividades de quase 350 unidades e postos de atendimento no país.
Na Bahia, um dos prejuízos da reestruturação no Bradesco foram a dispensa de 71 empregados no ano passado e até 10 de abril foram 31, de acordo com levantamento do Sindicato.
Fonte: SBBA