Estudo recente busca compreender os motivos por trás da disparidade alarmante na taxa de mortalidade por câncer entre mulheres negras. Elas enfrentam não apenas uma maior probabilidade de morrer da doença, mas também uma menor expectativa de vida. A pesquisa, conduzida pela Sociedade Americana de Câncer, busca investigar como as experiências vividas por essas mulheres podem influenciar no risco de desenvolver câncer.
Esta diferença na mortalidade no Brasil é resultado de uma complexa interação de fatores socioeconômicos, ambientais e de saúde, que perpetuam a desigualdade racial no acesso aos cuidados. Destaques para o acesso desigual aos serviços de saúde, uma barreira grande para muitas mulheres negras, a falta de seguro saúde, a discriminação racial dentro do sistema de saúde e a infraestrutura médica deficiente em muitas comunidades. São obstáculos enfrentados, levando a diagnósticos tardios, tratamentos menos eficazes e, consequentemente, a taxas de mortalidade mais altas.
Além disso, a exposição frequente a substâncias químicas nocivas, resultante do uso indiscriminado de agrotóxicos na agricultura, aumenta significativamente o risco de câncer para estas mulheres. A falta de acesso a alimentos frescos também leva a um aumento no consumo de processados e industrializados, cheios de aditivos químicos e conservantes associados ao aumento do risco de câncer.
Para combater as desproporções na mortalidade por câncer, se faz necessário adotar uma abordagem que leve em conta as profundas da desigualdade. Isso inclui a implementação de políticas públicas que garantam acesso equitativo a serviços de saúde de qualidade, exames preventivos e tratamentos acessíveis. Programas de conscientização direcionados a comunidades marginalizadas são essenciais para incentivarem as mulheres a procurarem cuidados de saúde preventivos e diagnosticarem a doença precocemente.
Um compromisso contínuo com a justiça e a igualdade social para garantir que todas as pessoas, independentemente de sua origem étnica ou status socioeconômico, tenham o direito fundamental a uma vida saudável e a tratamentos de qualidade.
Fonte: SBBA