A falta de comida em muitos lares brasileiros, especialmente para crianças pequenas, não é apenas uma questão de nutrição alimentar, mas um problema que afeta o desenvolvimento econômico do país. Segundo dados do NCPI (Núcleo Ciência Pela Infância), até 2021, um em cada três lares no Brasil enfrentava a falta de comida em quantidade suficiente, impactando diretamente cerca de 2,3 milhões de crianças entre 0 e 6 anos.
A fome se agravou drasticamente com o ultraliberalismo bolsonarista. As cenas terríveis de pessoas disputando ossos de galinha, além de pele e pé de frango ainda estão frescas na memória. Um terror.
Estudos mostram que a insegurança alimentar impacta na performance escolar da criança e cria dificuldade de foco e aprendizagem, o que prejudica o desenvolvimento acadêmico.
A falta do pleno desenvolvimento das capacidades na infância causa perda de, em média, 20% da renda individual na fase adulta. O fato acontece porque são indivíduos que costumam ficar fora do mercado formal de trabalho e podem ter problemas de aprendizado, ensino básico incompleto e dificuldade para chegar ao ensino superior.
Programas de distribuição e renda, como o Bolsa Família, e a criação do Benefício da Primeira Infância, em 2023, são importantes para reduzir as desigualdades sociais. A garantia de que todas as crianças tenham acesso adequado aos direitos básicos é uma medida essencial para impulsionar o progresso econômico do Brasil.
Fonte: SBBA