Climate Vote (Voto Popular pelo Clima) 2024 mostrou que que 80% das pessoas (quatro de cada cinco) no mundo querem que seus governos tomem medidas contundentes para enfrentamento à crise climática. Além disso, 86% indicam querer que os líderes de seus países coloquem de lado qualquer diferença geopolítica para que se trabalhe em conjunto pelo combate às mudanças climáticas.
A população brasileira segue nesta linha de preocupação, sendo que 85% demonstraram apoio a ações mais contundentes.
Brasil
Conforme o estudo, o Brasil se comprometeu com uma meta de emissões líquidas zero até 2050 e com a transição energética para energias renováveis que já está em andamento.
A People’s Climate Vote diz que o setor de energias renováveis já representa 83% da produção de eletricidade brasileira, tornando o setor energético do país um dos menos intensivos em carbono do mundo, pois as usinas hidrelétricas são responsáveis por grande parte da eletricidade doméstica.
Além dos 85% de apoio a uma ação mais contundente, a votação “descobriu que a maioria das pessoas no Brasil apoiam (81%) uma rápida transição que substitua os combustíveis fósseis, com aproximadamente dois terços (61%) dizendo que querem abandonar os combustíveis fósseis rapidamente.”
A maioria dos brasileiros (76%) ainda disseram estarem mais preocupados este ano do que no ano anterior com as mudanças climáticas e mais de dois terços (70%) revelaram que tiveram alguma experiência de evento climático extremo.
Com isso, 89% observam como prioridade a proteção e restauração da natureza, 90% a proteção contra eventos climáticos, o mesmo percentual entre os que indicam ser fundamental o trabalho internacional de forma conjunta e sobre a necessidade de ajuda dos países ricos. Para completar, 93% entendem que é necessária a educação sobre mudanças climáticas.
Outros resultados
Entre os principais resultados trazidos, ainda é colocado que entre os cinco maiores emissores de poluentes, Austrália, Canadá, França, Alemanha e Estados Unidos, as mulheres são as maiores defensoras do reforço aos compromissos de seus país, com diferenças entre 10% e 17% em relação aos homens. Como exemplo, na Alemanha 75% demonstram apoio aos reforços dos compromissos climáticos em detrimento a 58% entre os homens.
A eliminação progressiva dos combustíveis fósseis por meio de uma rápida transição energética é apoiada por 72% de todo o mundo, enquanto apenas 7% das pessoas disseram que não deveria ser realizada nenhuma transição.
Ainda foi classificada certa ansiedade climática onde é visto que 56% dos entrevistados disseram pensar regularmente no tema (uma vez ao dia ou na semana). Outro ponto observa que 53% se mostraram mais preocupadas este ano do que no ano anterior.
Esta é a segunda edição do estudo, com o primeiro realizado em 2021. Foram ouvidas mais de 73 mil pessoas em 77 países que representam 87% da população mundial e onde se fala 87 idiomas diferentes. Ao todos foram feitas 15 perguntas pela PNUD em parceria com a Universidade de Oxford e a empresa de pesquisas GeoPoll.
Fonte: Vermelho