Correria, cobranças e estresse fazem parte da rotina da maioria dos profissionais. Mas, a categoria bancária tem sofrido com a cobrança exagerada por resultados e ocupado constantemente o topo dos casos de assédio moral. A prática inclusive pode desencadear doenças ocupacionais, sobretudo de cunho psicológico. O pior é que a vítima tem de conviver diariamente com o assediador. Ou seja, o perigo mora ao lado.
Pressão descomunal por metas inatingíveis, vigilância excessiva, ameaças, humilhações, perseguições e discriminação são alguns exemplos de assédio moral. A prática ilegal causa consequências desastrosas no trabalhador. Em muitos casos, surgimento de doenças ocupacionais, sobretudo de cunho psicológico.
Pesquisa feita pelo movimento sindical com a categoria revela os prejuízos do assédio. Quando perguntado aos bancários se usavam medicamentos controlados, como antidepressivos, ansiolíticos, estimulantes, nos últimos 12 meses, 39% disseram que sim.
Sobre os impactos da cobrança excessiva pelo cumprimento de metas à saúde, as respostas foram que 67% têm preocupação constante com o trabalho; 60% apontaram cansaço e fadiga constante; 53% registraram desmotivação, vontade de não ir trabalhar; 47% relataram crise de ansiedade/pânico e 39% mencionaram dificuldade de dormir, mesmo aos finais de semana.
Os dados mostram que o modelo de gestão dos bancos precisa mudar. Apesar dos sinais claros dos danos à categoria, as empresas insistem em negar a relação das metas com o aumento do adoecimento. Um disparate.
Fonte: SBBA