Os juros do rotativo do cartão de crédito alcançaram em agosto o índice de 426,9% ao ano, conforme o Banco Central. Embora haja uma redução de 5,3 pontos percentuais em comparação a julho, as taxas continuam exorbitantes, impactando a população, especialmente as classes mais vulneráveis que recorrem à modalidade para suprir necessidades básicas.
O funcionamento do crédito rotativo é simples: quando o consumidor não paga a fatura completa, a parte restante é financiada com os juros altíssimos. Isto cria uma armadilha financeira, em que as dívidas crescem de maneira desproporcional ao valor original.
A taxa de 426,9% ainda representa uma carga financeira insustentável para a maioria dos brasileiros, levando muitos ao endividamento crônico e dificultando o pagamento de despesas essenciais. Este ciclo só será interrompido com uma regulamentação mais rígida sobre as taxas cobradas pelos bancos, especialmente em um cenário de desigualdade crescente no país.
Fonte: SBBA