ABSTENÇÃO É O PRINCIPAL FENÔMENO DAS ELEIÇÕES 2024

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À primeira vista, a reeleição pode parecer um sinal inequívoco do apoio do eleitorado paulistano à sua candidatura. Este teria sido o tal “recado” a que o prefeito se referiu em seu discurso atabalhoado e gaguejante. Mas não foi bem assim. Dos 9,3 milhões de eleitores aptos a votarem, apenas 3,3 milhões foram às urnas e escolheram Nunes.

Um número ainda maior de pessoas (pouco mais de 3,6 milhões) optou pelo chamado “não voto”. É a soma dos que não compareceram às urnas (2,9 milhões) com os que votaram em branco (234 mil) ou anularam o voto (430 mil). A taxa de abstenção na capital paulista, de 31,54%, superou até o índice registrado nas eleições 2020, sob a pandemia de Covid-19. Há quatro anos, houve 30,81% de ausentes.

Em todo o Brasil, 29,26% dos eleitores se abstiveram no segundo turno. Quase 10 milhões de brasileiros renunciaram ao direito de votar – ou, precisamente, 9.947.061 eleitores. Esperava-se que a taxa nacional fosse sensivelmente menor que a de 2020, de 29,47%. Afinal, a crise sanitária é coisa do passado.

Mas três em cada dez eleitores faltaram à votação desde domingo, o que pode ser considerado o principal fenômeno das eleições 2024. O número já havia sido elevado no primeiro turno, disputado em 5.569 municípios. No segundo, mesmo no contexto de 52 cidades médias e grandes, o índice de ausência permaneceu marcante.

Em Belo Horizonte (MG), a taxa de abstenção chegou a 31,95%. Dos 1.992.984 de eleitores da capital mineira, 636.752 não votaram. O índice de ausentes foi ainda maior em Porto Alegre (34,83%) e Goiânia (34,20%).

Fonte: Vermelho

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