A Selic influencia as outras taxas de juros aplicadas no país. O patamar elevado mantido pelo Banco Central, presidido pelo bolsonarista Roberto Campos Neto, beneficia, portanto, o sistema financeiro, em detrimento do crescimento do país e da população, que sofre com taxas exorbitantes. É o caso do cartão de crédito.
Os juros médios do rotativo subiram para 438,4% ao ano em setembro. Houve aumento de 11,5%. É o maior nível desde dezembro de 2023, quando a taxa chegou a 442,1% ao ano. Também alta, diga-se de passagem.
O rotativo é o tipo de crédito mais caro do mercado. Logo, o aumento das taxas representa um enorme desafio para os consumidores. O cenário é ainda mais preocupante, pois apesar das diretrizes estabelecidas pelo CMN (Conselho Monetário Nacional), em dezembro passado, que limitaram os juros rotativos a no máximo 100% do valor original da dívida, a partir de 3 de janeiro de 2024, as taxas continuam em escala crescente, o que aumenta o risco de endividamento.
Fonte: SBBA