Há tempos que o movimento sindical denúncia a forma desrespeitosa como o Itaú trata seus funcionários. Nas agências, a cobrança por metas cada vez maiores estimula a competição entre os bancários, criando um clima toxico e adoecedor. O medo de demissão também é constante.
A sobrecarga de trabalho é outro problema recorrente no banco, que insiste em fechar agências e enxugar o quadro de pessoal. Nos últimos 12 meses o Itaú fechou 175 unidades e 1.785 vagas de emprego. Como reflexo desta política, os bancários que ficam precisam trabalhar dobrado para atender os clientes e ainda vender produtos e cumprir as metas.
Quem não consegue, acaba demitido, mesmo se estiver adoecido pela gestão desrespeitosa do banco. Em muitos casos, os sindicatos conseguem a reintegração destes trabalhadores. Foram mais de 50 casos deste tipo na base da Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe nos últimos anos. Mas, muitos pais e mães de família simplesmente são descartados pelo Itaú todos os meses.
Ao mesmo tempo em que trata os funcionários desta forma, o Itaú investe milhões de reais em propaganda para atrair novos clientes para o banco. O objetivo é aumentar ainda mais o lucro, que foi de R$ 19,843 bilhões, apenas no primeiro semestre de 2024.
O banco agora comemora os 100 anos com uma grande campanha de mídia, mas sem reconhecimento ao trabalho dos seus funcionários. “São 100 anos de investimentos em infraestrutura, em agências luxuosas, em cuidados com os acionistas e na expansão do patrimônio do banco. Precisamos também de investimentos na saúde dos funcionários, em ambientes com menos assédio moral e cuidados com a saúde mental das pessoas que construíram essa história”, destacou a diretora da Feebbase, Andréia sabino, que integra a COE Itaú.
Fonte: Feebbase