No mundo contemporâneo tem prevalecido a cultura da produtividade, ditando o ritmo de vida, que, diga-se de passagem, está aceleradíssimo. Como resultado, um alto índice de adoecimento mental. Tanto é que a ansiedade já ocupa o terceiro lugar entre as causas de afastamento do trabalho no Brasil.
De acordo com dados do Ministério da Previdência Social, entre outubro de 2023 e setembro de 2024, o INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) concedeu 128.905 auxílios por incapacidade, antigo auxílio-doença, para casos de “outros transtornos ansiosos”, que incluem ansiedade generalizada e transtorno de pânico.
O crescimento é inegável e preocupante. Em 2021, a ansiedade ocupava o 10º lugar no ranking e respondia por 49.481 afastamentos. Em 2022 subiu para oitavo, com 54.203. Já no ano passado chegou ao quinto lugar (80.516).
Os números apontam para uma necessidade de se refletir o impacto das condições emocionais na rotina de trabalho. A falta de condições adequadas pode desencadear um ciclo vicioso. Em muitos casos, no ambiente laboral, a ansiedade e o estresse estão interligados, se retroalimentam e podem se espalhar no ambiente, já que envolve reações individuais, ambientais e sociais.
Fonte: SBBA