Após intensas pressões do mercado financeiro, o governo Lula anunciou, em 28 de novembro, um pacote de cortes de 71,9 bilhões de reais, que impacta negativamente os direitos sociais e trabalhistas, como o salário mínimo e o Fundeb. Embora o pacote também atinja supersalários, aposentadorias militares, emendas parlamentares e benefícios tributários, os danos ao setor social são evidentes e não podem ser ignorados.
Além disso, o governo enviou ao Congresso um projeto que isenta do Imposto de Renda quem ganha até 5 mil reais, beneficiando 26 milhões de trabalhadores.
A proposta que limita o aumento real do salário mínimo é particularmente preocupante. A nova regra, que propõe uma trava de 2,5%, resultaria em uma perda de poder aquisitivo para 59,3 milhões de brasileiros, afetando diretamente os trabalhadores, aposentados e beneficiários de programas sociais. Essa medida prejudica a classe trabalhadora e compromete o mercado interno, essencial para a recuperação econômica do país
Vale ressaltar que o custo dos juros no Brasil é quatro vezes maior que o orçamento do Bolsa Família. A pressão para aumentar a Selic, que já está em 11,25%, pode agravar ainda mais a situação fiscal do país, sem gerar os benefícios prometidos ao povo brasileiro.
Diante disso, é urgente uma mobilização sindical e popular para enfrentar o lobby do capital financeiro no Congresso e garantir que os direitos sociais e trabalhistas não sejam mais uma vez sacrificados em nome de uma agenda que favorece os interesses dos grandes rentistas.