BRASIL ASSUME PRESIDÊNCIA DO BRICS E JÁ DEFINE PRIORIDADES; SAIBA QUAIS

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O Brasil assumiu a presidência do Brics na última quarta-feira (1º), um grupo que reúne Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. A liderança do bloco é rotativa, com duração de um ano. Inicialmente prevista para 2024, a presidência brasileira foi adiada em razão do comando do G20 no ano anterior, permitindo que a Rússia liderasse o grupo em 2023.

Durante a presidência do Brics, o Brasil priorizará atividades no primeiro semestre de 2025, já que no segundo semestre sediará a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30) em Belém (PA).

O Palácio do Planalto informou que o Brasil definiu cinco temas prioritários para o período de sua presidência no Brics:

  1. Facilitação do comércio e investimentos: desenvolvimento de novos meios de pagamento entre os países do bloco.
  2. Governança inclusiva e responsável da Inteligência Artificial.
  3. Aprimoramento das estruturas de financiamento para enfrentar mudanças climáticas.
  4. Estímulo a projetos de cooperação entre países do Sul Global, com ênfase na saúde pública.
  5. Fortalecimento institucional do Brics.

De acordo com o governo brasileiro, mais de 100 reuniões estão planejadas entre fevereiro e julho em Brasília, incluindo encontros de grupos técnicos e comitês temáticos. A Cúpula do Brics, que reúne os chefes de Estado e Governo, está prevista para acontecer em julho, no Rio de Janeiro.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que busca fortalecer as relações multilaterais do Brasil, tem destacado em fóruns internacionais a relevância de organizações como o Brics e o Mercosul

Apesar dos avanços na cooperação, uma discussão dentro do Brics tem gerado tensão internacional: a possibilidade de substituir o dólar norte-americano por outra moeda nas transações entre os países do bloco. O presidente Lula é um dos principais entusiastas dessa ideia.

Em resposta, o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, ameaçou estabelecer uma tarifa de 100% sobre produtos originários dos países do Brics caso essa substituição ocorra.

Fonte: DCM

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