O aumento da isenção de cobrança do importo de renda (IR) para quem ganha até R$ 5mil tem apoio da maioria dos brasileiros. É o que apontam as pesquisas realizadas pelo Paraná Pesquisas, AtlasIntel e Datafolha. A medida é uma promessa de campanha do presidente Lula e resultaria em um grande alívio para os trabalhadores.
De acordo com pesquisa divulgada na terça-feira (21/1), pelo instituto Paraná Pesquisas, 67% dos eleitores brasileiros aprovam a isenção do IR para rendas de até R$ 5 mil. Outros 23,2% são contrários, enquanto 9,8% não souberam ou não quiseram opinar. O estudo entrevistou 2.018 eleitores entre os dias 7 e 10 de janeiro, com uma margem de erro de 2,2 pontos percentuais.
O levantamento também aponta que 39,2% da população ainda desconhece a proposta, o que sugere desafios para sua comunicação mais ampla. No entanto, o índice de aprovação entre os que já têm conhecimento é majoritariamente positivo.
AtlasIntel: 82% e aumento de impostos para super-rico
Uma pesquisa realizada pela AtlasIntel em parceria com a Bloomberg, em dezembro, reforça a ampla aceitação popular da medida. Nessa análise, 82% dos entrevistados se declararam favoráveis à isenção do IR para rendas até R$ 5 mil, enquanto 9,5% a consideram ruim e 8,5% não souberam opinar.
Além disso, a pesquisa aborda a criação de um imposto extra para quem ganha mais de R$ 600 mil por ano como forma de compensar a perda de arrecadação. A proposta é aprovada por 57,6% dos entrevistados, mas enfrenta rejeição de 36,1%.
O levantamento ouviu 2.873 pessoas pela internet entre 26 e 31 de dezembro e tem margem de erro de 2 pontos percentuais.
Datafolha confirma 70% favorável à proposta
O Datafolha, em pesquisa realizada entre 12 e 13 de dezembro, aponta que 70% dos brasileiros aprovam a isenção do IR para rendas até R$ 5 mil, enquanto 26% são contrários e 4% se dividem entre indiferentes ou indecisos.
Adicionalmente, a ideia de taxar rendas acima de R$ 50 mil mensais como compensação conta com o apoio de 77% da população. Apenas 20% são contrários, reforçando a aceitação de medidas que aumentem a contribuição dos mais ricos.
Com ampla aprovação nas pesquisas, a proposta ganha força como uma estratégia para atender à base trabalhadora e avançar em um discurso de justiça tributária, alinhado à promessa de campanha de “colocar os pobres no orçamento e os ricos no imposto”.
Fonte: Feebbase