COE ITAÚ COBRA REAJUSTE DA PCR E MUDANÇAS NO PROGRAMA GERA

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A Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú se reuniu na manhã de ontem (11/03), em São Paulo, com a direção do banco para discutir questões cruciais para os trabalhadores, como o reajuste do Programa Complementar de Resultados (PCR) e os problemas enfrentados no programa de gestão GERA.

PCR: necessidade de reajuste real

Durante a reunião, o Itaú apresentou um histórico das negociações do PCR, enquanto os representantes sindicais destacaram as perdas acumuladas ao longo dos anos, especialmente em relação ao reajuste da categoria e ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). Apesar do crescimento contínuo do lucro do banco, os valores pagos no PCR não acompanham a evolução desses itens.

De acordo com a COE, o reajuste deveria refletir a isenção fiscal aplicada à Participação nos Lucros e Resultados (PLR) do banco, garantindo um aumento mais justo. O Itaú, por sua vez, afirmou que os valores foram definidos em negociações anteriores e não reconheceu perdas para os trabalhadores.

Ficou definido que uma nova reunião será agendada para que o banco apresente valores para que os próximos encontros de negociação possam ser realizados.

Problemas no GERA são levados à mesa 

Outro ponto de destaque foi a primeira reunião do Grupo de Trabalho (GT) do GERA, programa de gestão e avaliação de desempenho dos funcionários. A COE apresentou ao Itaú uma série de falhas e dificuldades enfrentadas pelos bancários e cobrou soluções imediatas. Entre os principais problemas apontados estão:

  • Dificuldades no acesso ao ‘Fale com GERA’: funcionários precisam recorrer a controles paralelos, como prints de tela, para abrir ocorrências, pois muitos pedidos são considerados improcedentes e as respostas são automatizadas e pouco resolutivas.
  • Sistema de Qualidade de Vendas (SQV): trabalhadores são penalizados injustamente por denúncias consideradas improcedentes. A outra reclamação é a penalização para a agência que originou a ocorrência – funcionário veio transferido de outra agência e a penalização caiu para a agência receptora.
  • Metas desiguais e abusivas: agências menores possuem metas iguais ou superiores às de unidades maiores, sem considerar a realidade operacional.
  • Pressão excessiva: apesar de o GERA ser trimestral, há cobranças diárias e mensais, criando um ambiente de trabalho hostil.
  • Programas paralelos de premiação: campanhas internas criam disputas desleais entre os bancários e aumentam a pressão.
  • Demora na divulgação de resultados: as agências enfrentam dificuldades devido ao atraso na publicação dos dados de desempenho.
  • Pontuação mínima ineficaz: os 1.000 pontos, considerados como garantia de empregabilidade, na prática não são suficientes, gerando cobranças constantes para atingir patamares mais altos.
  • Atualização do VB: segmentos como o Personalitte não recebem atualização de valores há mais de três anos.
  • Espelhamento de vendas: a COE solicitou que o prazo para efetivar uma venda registrada seja ampliado de 7 para 14 dias.

Fonte: Contraf

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