A intensificação da exploração de petróleo gera impactos diretos ao meio ambiente e às comunidades tradicionais. Especialistas apontam que o mundo vive uma verdadeira “corrida contra o tempo”, com grandes empresas buscando novas reservas fósseis antes da queda prevista na demanda global. Mas quem paga a conta são os trabalhadores e populações que vivem próximas às áreas exploradas.
Nos litorais, pescadores e marisqueiras enfrentam a perda de territórios e modos de vida. A presença de petroleiros e navios de carga inviabiliza a pesca artesanal. Há relatos graves de embarcações que colocam vidas em risco e da criminalização de comunidades que sempre estiveram ali. Um modelo que ignora a história e o direito das populações.
Em 2024, o Brasil registrou 731 acidentes marítimos envolvendo operadoras de petróleo, o maior número da série histórica da ANP (Agência Nacional de Petróleo), iniciada em 2012. São casos que escancaram a insegurança e os riscos ambientais, mesmo quando não há vazamentos. A lógica do lucro continua se sobrepondo à vida e à preservação ambiental.
Fonte: SBBA