O BRB anunciou na segunda-feira (26) a convocação de apenas 50 escriturários aprovados no concurso de 2022. A publicação no Diário Oficial do DF desta terça (27) marca o início do uso do cadastro de reserva, após a convocação para as 300 vagas previstas inicialmente. Resultado direto da pressão firme do movimento sindical ao lado dos aprovados, o número anunciado é vergonhosamente insuficiente diante do verdadeiro caos vivido nas agências e demais setores do BRB.
O banco opera com um quadro de pessoal gravemente defasado, cenário que vem sendo denunciado há tempos. A sobrecarga, o assédio institucionalizado e o adoecimento dos trabalhadores se tornaram regra, não exceção. A gestão do BRB faz vista grossa ao colapso que ela mesma alimenta. Na área de Tecnologia da Informação, por exemplo, para a qual inclusive houve convocação na semana passada, a evasão de profissionais atinge níveis alarmantes, justamente por causa do descaso e da falta de valorização.
Enquanto isso, os concursados seguem esperando, enfrentando uma espera desumana e desrespeitosa. E os trabalhadores da ativa carregam o fardo sozinhos, pressionados por metas absurdas, jornadas estafantes e uma gestão que insiste em ignorar a realidade. A lentidão nas nomeações não é apenas um ataque aos aprovados, é um ataque direto à qualidade do serviço público e à dignidade de quem trabalha no banco.
É urgente, inclusive, que o BRB mude sua postura e reconheça como cadastro reserva todos os aprovados que, para além das vagas imediatas, alcançaram a nota mínima no concurso, enterrando de vez a figura dos chamados “excedentes”. Essa separação artificial é mais um instrumento de exclusão, que só serve para limitar contratações num momento em que o banco precisa urgentemente reforçar suas equipes.
Fonte: Bancários DF