O negacionismo que ainda permanece após dois anos de pandemia do coronavírus prejudica também a vacinação infantil. De acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), o Brasil está entre os 10 países no mundo com a maior quantidade de crianças com a vacinação atrasada, com aproximadamente 30% sem imunizantes.
Em todo o mundo, 25 milhões de crianças estão com as vacinas atrasadas, segundo dados da Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância). No Brasil, aproximadamente 700 mil não receberam nenhuma dose da vacina pentavalente, um dos primeiros imunizantes a ser tomado.
A verdade é que o governo Bolsonaro tem resistência em realizar amplas campanhas de orientação à vacinação infantil. Sete meses após outros países implantarem a imunização contra a Covid-19 em crianças menores de 5 anos, o Brasil ainda não iniciou a campanha, mesmo com registro de cerca de 300 mortes nesta faixa etária.
O retrocesso histórico na vacinação acontece em um cenário de taxas crescentes de desnutrição aguda grave, já que crianças estão perdendo o direito à alimentação adequada. Em situação de fome, o sistema imunológico fica fragilizado, o que expõe o público ainda tão jovem a doenças que poderiam ser evitadas.
Fonte: SBBA