A postura do Santander tem deixado a desejar. Além de desrespeitar os sindicatos e impor mudanças que impactam a vida dos trabalhadores sem conversar com as entidades sindicais, o banco também mantém uma rotina de cobranças abusivas. Os bancários não aguentam.
Prova de que a atitude da empresa é intransigente é a condenação recente, resultado de uma Ação Civil Pública ajuizada pelo MPT (Ministério Público do Trabalho), por danos morais coletivos em razão de metas abusivas, adoecimentos mentais e assédio moral.
A decisão é importante. Diariamente os sindicatos recebem denúncias de abusos e cobranças exageradas. Em nota, o MPT informa que o acórdão ressalta que “os diversos depoimentos transcritos na sentença dão nítida ideia do abalo emocional e psíquico impingido pela sistemática organizacional de fixação de metas de produção, mediante cobrança truculenta pelos gestores, seja diretamente ao empregado ou por meio de reuniões com exposição vexatória, cujas metas deveriam ser cumpridas a todo custo”.
As irregularidades que geraram a ação foram levantadas por Auditores Fiscais do Trabalho, que aplicaram questionários em agências de Santa Catarina com resultados preocupantes. As respostas revelam que os funcionários estão em níveis de sofrimento extremo por conta das distorções na organização e condições de trabalho.
Na Avaliação dos Riscos Psicossociais e Impactos à Saúde dos Trabalhadores do Banco Santander verificou-se que:
Riscos Psicossociais
O ritmo acelerado de trabalho para 91,2% dos entrevistados
A carga de trabalho é excessiva para 86,9% dos entrevistados
O volume de trabalho é excessivo 79,4% dos entrevistados
A carga cognitiva está presente nas atividades para 89% dos entrevistados
O ritmo de trabalho é frenético para 87% dos entrevistados
Fonte: SBBA