Após intensa mobilização dos bancários, o Itaú se comprometeu a não demitir funcionários até o fim da vigência da atual Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), que se encerra no dia 31 de agosto. Ficam de fora do acordo, demissões por justa causa, recomendação do Ombudsman e da Inspetoria, além de casos de aposentadoria a pedido. O anuncio aconteceu na última segunda-feira (25/7), após reivindicação insistente do movimento sindical para que não houvessem demissões durante a campanha nacional 2022.
“Este acordo é resultado de muita mobilização. Vamos continuar lutando para evitar as demissões, precisamos continuar denunciando para evitar o corte de postos de trabalho”, ressaltou Andréia Sabino, diretora da Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe e membro da COE Itaú.
A luta contra as demissões no Itaú tem sido constante. O banco insiste em fechar agências, reduzir o quadro de funcionários e precarizar as condições de trabalho em todo o país.
No início do mês, o banco decidiu também pela automação da Diretoria de Operações Centralizadas e da Diretoria de Negócios ItauCred Veículos, processo que estava gerando muita demissão. Inicialmente, o Itaú tinha dado o prazo de apenas 15 dias para a área de consignado e 60 dias para área de veículos realizarem a realocação dos funcionários.
Nesse período, o bancário teria que se candidatar a uma vaga e passar por processo seletivo e ser transferido apenas se houvesse vagas disponíveis. O prazo era muito curto e os sindicatos reivindicaram a extensão do prazo e o fim das demissões. Agora, o Itaú anunciou a suspensão dos desligamentos até o fim de agosto.
Fonte: Feebbase