Assim que assumiu a presidência, Bolsonaro acabou de vez com a política de valorização do salário mínimo. Desde então, 36,414 milhões de brasileiros que recebem o valor viram o rendimento despencar, pois, além de não terem reajuste real, o custo de vida disparou. No Brasil de Bolsonaro, tudo está pela hora da morte.
O pior é que em 2023 o salário vai continuar encolhido. É o que prevê o Orçamento enviado pelo governo ao Congresso Nacional. Pela quarta vez consecutiva, o mínimo previsto, de apenas R$ 1.302,00, repõe apenas a inflação. O aumento será de míseros R$ 90,00. Não dá para nada.
Dados do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) mostram como a vida está difícil. Em maio de 2020, o cidadão precisava de R$ 138,82 para levar 15 itens da cesta básica para casa. Em maio deste ano, para comprar os mesmos produtos, tinha de desembolsar R$ 202,77. Avanço de 46%. Isso em um país com quase 10 milhões de desempregados.
A última vez que o salário mínimo teve reajuste acima do INPC foi em 2019, quando o aumento real foi de 1,14%. Depois disso, foram apenas para compensar a elevação inflacionária. É o governo Bolsonaro.
Fonte: SBBA