No Brasil, a política ultraliberal do governo Bolsonaro empurrou a população para pagar contas básicas e comprar comida. Achando pouco, arranja formas de afundar os brasileiros e enriquecer ainda mais o sistema financeiro, a exemplo do empréstimo no Auxílio Brasil (R$ 600,00).
Por meio da portaria, o governo regulamentou o novo tipo de crédito e autoriza a cobrança de juros de até 51% ao ano dos consignados no benefício. Desta forma, os bancos poderão abocanhar quase R$ 1 mil a cada R$ 2 mil emprestados aos beneficiários do programa.
Cálculos da Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças) mostram que se uma pessoa que recebe o auxílio pegar crédito de R$ 2 mil e pagar em 24 parcelas descontadas diretamente do benefício devolverá ao banco credor R$ 2.989,20. Quer dizer R$ 989,20 só em juros.
Jair Bolsonaro colaborou para que o Brasil tenha mais de 63 milhões de pessoas com o “nome sujo” por conta de dívidas. O maior índice em oito anos. Enquanto os banqueiros aumentarão a lucratividade, mais famílias passarão fome e miséria. São 20,2 milhões de beneficiários em situação de vulnerabilidade social.
Nada bom
Economistas do Idec (Programa de Serviços Financeiros do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor) apontam que apesar de parecer boa alternativa, os 3,5% ao mês (51% ao ano) do empréstimo do Auxílio Brasil não são pequenos. Os servidores públicos pagam consignados com juros de 1,7% ao mês, na média. O crédito para aposentados e pensionistas do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) sai com juros médios de 1,97% ao mês.
Fonte: SBBA