O Ministério da Educação (MEC), em 2023, será entregue pelo governo atual com orçamento menor do que recebeu. Como divulgado em reportagem do UOL, o recuo chega a 34% na educação básica. O governo de Michel Temer (MDB) entregou, no ano em que Bolsonaro assumiu, um valor para educação básica de 7,9 bilhões (em valores corrigidos). Agora, o governo deixa para a equipe de Lula (PT) um orçamento de R$ 5,2 bilhões, como consta no PLO (Projeto de Lei Orçamentária).
Ainda é possível que a equipe de transição do governo Lula possa realocar valores junto ao Congresso Nacional, que aprovará o orçamento definitivo até o final do ano. A medida pode ser realizada pela chamada “PEC de transição”. Assim o novo governo deve conseguir cumprir agendas anunciadas durante a campanha presidencial.
O atual governo teve à frente do MEC: Ricardo Vélez Rodrigues, Abraham Weintraub, Milton Ribeiro e o atual ministro, Victor Godoy Veiga.
A gestão de Vélez Rodrigues foi marcada por desmandos quanto à realização do Enem e em relação ao Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) . Weintraub colecionou polêmicas, dezenas de interpelações judiciais e uma marca de ruptura do diálogo do governo federal com professores, estudantes, universidades e redes de ensino. Por sua vez, Milton Ribeiro chegou a ser preso por causa do escândalo em que pastores evangélicos recebiam benefícios pela pasta da educação.
Após Weintraub, chegou-se a anunciar como ministro Carlos Alberto Decotelli, mas o economista não chegou a assumir. Ele teve o nome atribuído a uma série de denúncias sobre mentiras em seu currículo acadêmico, o que o desgastou rapidamente.
O auxílio creche previsto para ser entregue foi cancelado. O presidente acabou com o investimento de Dilma na construção de creches públicas, criou um programa para financiar creches privadas, mas também extinguiu até isso, antes de começar.
Fonte: Vermelho