CENTENAS DE MILHARES VÃO ÀS RUAS DE MADRI DEFENDER SISTEMA PÚBLICO DE SAÚDE

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Centenas de milhares de pessoas se manifestaram em Madri, neste domingo (13), em defesa de uma saúde pública “de qualidade” e contra os cortes que a área sofre nesta rica região do centro da Espanha. Esta é uma das maiores mobilizações na capital espanhola nos últimos anos.

Sob o lema “Madri se manifesta em apoio à saúde pública e contra os planos de destruir os serviços de atenção primária”, os manifestantes saíram de quatro pontos diferentes da cidade rumo à sede da prefeitura, na emblemática Plaza Cibeles.

Um porta-voz do governo regional conservador estimou em 200.000 o número de manifestantes, e os organizadores do ato, em cerca de 650.000.

A marcha, em defesa de “uma saúde 100% pública, universal e de qualidade”, foi convocada por sindicatos e diferentes coletivos sociais, contra a política de saúde do governo regional de Isabel Díaz Ayuso, do Partido Popular (PP, direita).

O manifesto do protesto alega que “não estamos defendendo apenas o direito à saúde pública, mas também o direito a uma sociedade mais justa e democrática”. Uma das faixas dos manifestantes dizia “Saúde para todos, sua saúde não pode depender de sua carteira”. Em outros cartazes, lia-se “Saúde não se vende, se defende”.

Díaz Ayuso, uma das figuras emergentes do PP que obteve maioria absoluta nas eleições regionais de Madri em maio de 2021, anunciou que pretende promover as videoconsultas e a telemedicina, além de aumentar o papel dos enfermeiros na resolução de problemas de saúde da região de Madri, a mais rica de Espanha.

Segundo os sindicatos, a atenção primária na região de Madri está sob grande pressão há anos, devido à falta de recursos e a uma gestão deficiente.

O que “estão fazendo é um desastre sem precedentes”, disse Mónica Garcia, do partido de esquerda Mas Madrid, referindo-se à política de saúde do governo regional. A manifestação chega antes de uma greve anunciada para 21 de novembro, por 5.000 médicos, especialmente pediatras, que protesta contra o “excesso de trabalho”, a interminável lista de consultas médicas e o “tempo insuficiente com seus pacientes”.

Fonte: UOL

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