Diante do estado desastroso que Bolsonaro deixou o Brasil, o novo governo de Luiz Inácio Lula da Silva terá inúmeros desafios em todas as áreas. Apesar das críticas dos representantes do mercado sobre gastos sociais, membros da próxima gestão trabalham para atender as promessas da campanha, a exemplo do Bolsa Família no valor de R$ 600,00 e a valorização real do salário mínimo.
O novo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, declarou que Lula deu a missão de colocar os pobres no orçamento e os ricos no imposto de renda. Para o geógrafo e professor de Ciências Econômicas da UERJ (Universidade Estadual do Rio de Janeiro), Elias Khalil Jabbour, “Lula está tentando explicar que colocar os ricos no imposto de renda não é buscar equilíbrio fiscal, mas buscar uma menor desigualdade social no Brasil”.
Economistas sinalizam que o financiamento do investimento de grandes empreendimentos no país não terá origem na redistribuição de renda. Apontam os bancos públicos e outras fontes que não são orçamentárias como responsáveis. A taxação de grandes fortunas precisa se tornar realidade.
Mesmo afirmando que não tem problema em discutir equilíbrio fiscal, reforma trabalhista e reforma previdenciária, Jabbour disse que agora não é o momento. Para o professor, é necessário que “o país esteja crescendo 4%, 5% ao ano, e com uma taxa de investimento de 20%, 25%. Você discute essas questões em um momento em que a classe trabalhadora está numa situação de barganha maior do que a atual”.
Fonte SBBA