Bolsonaro gasta bilhões dos cofres para eleger aliados no Congresso

O presidente da extrema direita apoia Arthur Lira (PP-AL) para presidir a Câmara e Rodrigo Pacheco (DEM-MG) para o Senado

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Com a popularidade cada vez mais em baixa e no desespero para blindar a si mesmo e seu governo dos crimes de responsabilidade, Bolsonaro está arrombando os cofres públicos e torrando bilhões na tentativa de anexar a Câmara e o Senado, nas eleições das mesas das Casas, que acontecerão nesta segunda-feira (1º de fevereiro).

Bolsonaro apoia Arthur Lira (PP-AL) para presidir a Câmara e Rodrigo Pacheco (DEM-MG) para o Senado.

O Estadão revelou uma planilha de controle de recursos do Ministério do Desenvolvimento Regional, que beneficiou 250 deputados e 35 senadores com R$ 3 bilhões de dinheiro extra, além dos recursos que eles já têm direito a direcionar por meio de emendas.

O dinheiro que deveria ser direcionado para a compra de vacinas, equipamentos e insumos para combater a pandemia está sendo dilapidado para o interesse sórdido de Bolsonaro de submeter o parlamento.

Bolsonaro também alega que o país está quebrado e não tem dinheiro para prorrogar, por poucos meses, o auxílio emergencial e ajudar – durante a pandemia – trabalhadores desempregados e desamparados. Segundo projeção da FGV Social, quase 27 milhões de pessoas estão na extrema pobreza, neste mês de janeiro, com o fim do auxílio emergencial.

No entanto, está sobrando recursos para a esbórnia bolsonarista, para avacalhar o Congresso e tentar transformá-lo num apêndice do Planalto.

Segundo o jornal, outras fontes apontam que o total de recursos liberados é de cerca de R$ 16,5 bilhões.

O presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), falou que o governo liberou para este triste fim R$ 20 bilhões.

“Pela conta que eu fiz, e pelo orçamento que nós teremos para 2021, pelo que eu já vi que o governo está prometendo junto com o seu candidato, vai dar pelo menos uns R$ 20 bilhões de emendas extraorçamentárias. Eu quero saber em que orçamento para o ano de 2021, com todo o problema do teto de gastos, (terá espaço). (Como) eles poderão cumprir, se vitoriosos, essa promessa?”, questionou Maia.

Fonte: Hora do Povo via Porta Vermelho

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