Há algum tempo que não tenho ensejo de escrever para os jornais, de Itabuna ou da região, porém, nesse atual momento histórico, me vejo compelido a registrar a minha felicidade num relato, num relato de vitória, não de uma pessoa qualquer, mas de dois verdadeiros craques.
Um, nordestino, sem nobre origem, sem títulos acadêmicos, chega ao seu terceiro mandato como presidente da nossa nação. O outro, nosso rei Pelé, nos deixa e passar fazer parte do panteão de nossos heróis, a ser, assim, reverenciado pela História e pela memória de todos os brasileiros.
Se Lula, “contra toda esperança”, consegue superar os obstáculos interpostos pelo destino e pelos homens e sagra-se como único brasileiro a ser eleito três vezes presidente da República, Pelé, por sua vez, alçando-se ao posto de único tricampeão mundial de futebol da História, eterniza seu nome e o Brasil como símbolos máximos desse esporte, um dos mais amados pela Humanidade.
Lula, com inteligência, tenacidade e muita coragem, arregaça suas mangas para trabalhar em prol da união do pais, na reparação do que foi negligenciado nos últimos tempos e na representatividade internacional do nosso país. Não devemos ter, pois, vergonha em dizer – como eu mesmo o digo – que fiquei emocionado, que nos emocionamos, e, com os olhos marejados, assistimos a Lula subir a rampa ao lado dos representantes do nosso amado povo brasileiro – um menino negro, uma líder indígena, uma PCD – Pessoa Com Deficiência- um professor, um metalúrgico, uma catadora de recicláveis…Vi – todos vimos – nos seus olhos, a emoção e o amor que ele incansavelmente devota ao povo brasileiro.
Torcendo, pois, que Lula faça um bom governo, que faça o povo voltar a ser feliz, que minimize suas dificuldades, mormente dos mais desamparados, quer sejam aqueles desassistidos por políticas públicas adequadas, ou os que sofrem por conta de uma mal gestão econômico-financeira do nosso país.
Esperemos – ou, esperancemos – que Lula, com a resiliência, que é a sua marca, leve o nosso país a ser uma das grandes economias do mundo, sem esquecer, no entanto, a Justiça Social com o combate às desigualdades de todos os tipos. Como grapiunenese, com muito orgulho, espero dias melhores, de modo que possamos irmanar na nossa memória as figuras imorredouras de Pelé e Lula, a projetar o Brasil e o povo brasileiro naquele patamar que merecemos, não por destino histórico, mas por natural merecimento.
Por: Júlio Jacobina