Privatizada em junho do ano passado pelo valor de R$ 33,6 bilhões, mesmo com patrimônio avaliado em R$ 400 bilhões, a Eletrobras foi um dos alvos da sanha privatista do governo Bolsonaro. Sob a promessa de diminuir o valor da fatura da energia do consumidor, a venda da maior empresa do setor elétrico da América Latina só vai gerar impacto direto de 17% na conta de luz da população.
A reestatização da Eletrobras é o foco, pois além do roubo do patrimônio do povo, a lei da privatização prevê um mecanismo chamado descotização. Na prática, obriga o consumidor que pagou pela construção das hidrelétricas ao longo de décadas, através da tarifa, ter que pagar novamente pelas mesmas usinas.
De acordo com o CNE (Coletivo Nacional dos Eletricitários), “os consumidores que hoje pagam em média R$ 65 pelo MWh dessas usinas, terão que pagar o valor de mercado, que no ano passado foi de R$ 332 por MWh. Por ano o impacto dessa descotização será de quase R$ 20 bilhões, que vão sair do bolso do consumidor para as contas bancárias dos novos donos da Eletrobras”.
Fonte: SBBA