Depois de submergir, indústria reage mas fecha 2020 em queda

Com recuo de 4,5%, setor acumula dois anos de retração no governo Bolsonaro. Em 2019, queda foi de 1,1%

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Mesmo com recuperação no segundo semestre, a produção da indústria brasileira fechou 2020 em queda de 4,5%, segundo resultado negativo seguido (-1,1% no ano anterior). Assim, o setor acumula duas retrações no atual governo de Jair Bolsonaro.

Assim, no ano, a atividade industrial caiu nas quatro categorias econômicas, em 20 dos 26 ramos, 53 dos 79 grupos e 60,6% dos 805 produtos pesquisados. Os dados foram divulgados nesta terça-feira (2) pelo IBGE.

Entre as atividades da indústria em 2020, a que inclui veículos automotores, reboques e carrocerias teve o maior impacto negativo, com retração de 28,1%. O instituto destaca os itens automóveis, caminhão-trator para reboques e semirreboques, caminhões e autopeças.

Além dessa, confecção de artigos do vestuário e acessórios caiu 23,7% no ano, o setor de indústrias extrativas teve queda de 3,4% e o de metalurgia, de 7,2%. Também tiveram desempenho negativo, entre outros, máquinas e equipamentos (-4,2%), produtos têxteis (-6,6%) e de borracha e material plástico (-2,5%).

Entre as seis atividades em alta, o IBGE destaca duas: produtos alimentícios (4,2%) e coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (4,4%).

De novembro para dezembro, a produção industrial cresceu 0,9%, somando oito meses de alta. Nesse período, cresceu 41,8%, “eliminando a perda de 27,1% registrada entre março e abril, que havia levado a produção ao nível mais baixo da série”. Ainda assim, está 13,2% abaixo do nível recorde (maio de 2011). Na comparação com dezembro de 2019, crescimento de 8,2%. (Portal Vermelho)

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