A falta de fiscalização nas empresas do Brasil, decorrente da fragilização das leis trabalhistas, causa graves danos aos trabalhadores. Às vezes, sem volta. Em 2022, foram registrados 612.900 acidentes de trabalho no país, com 2.538 mortes. O maior número em 10 anos.
Os dados do Observatório de Segurança e Saúde no Trabalho indicam que no período foram sete notificações a cada 100 mil vínculos empregatícios. Assim, entre 2012 a 2022 foram comunicados 6,7 milhões de acidentes, com 25.500 mortes no mercado de trabalho formal.
Os afastamentos pelo INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) decorrentes de doenças e/ou acidentes chegaram a 2,3 milhões. Os benefícios previdenciários somaram R$ 136 bilhões, incluindo auxílio-doença, aposentadoria por invalidez, pensão por morte e auxílio-acidente relacionado ao trabalho.
Em 11 anos, cerca de 15% dos acidentes foram causados por operação de máquinas e equipamentos. Segundo o relatório, fora as amputações e lesões graves, que possuem frequência 15 vezes maior do que as demais causas, isso provocou três vezes mais acidentes fatais do que a média geral.
Fonte: SBBA