PQV DA CAIXA É INACEITÁVEL

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A Comissão Executiva dos Empregados Caixa, em uma reunião realizada em Brasília no dia 19/5, condenou de forma unânime o Programa de Qualidade de Vendas (PQV) e o considerou inaceitável. A principal crítica da CEE em relação ao programa é o fato de punir os trabalhadores por cancelamentos de vendas de produtos. Eles exigem a exclusão imediata das medidas punitivas do PQV, o fim da cultura do assédio e das pressões para cumprir metas a qualquer custo, melhores condições de trabalho e treinamentos adequados, além da contratação de mais funcionários para aliviar a sobrecarga de trabalho.

Os trabalhadores não devem ser penalizados quando os clientes decidem cancelar produtos, e a CEE argumenta que as metas impostas pelo banco não justificam essa punição. Além disso, eles ressaltaram durante a reunião que não faz sentido proibir os funcionários de participarem de Processos de Seleção Interna (PSI).

A CEE também considera inaceitável que a empresa utilize ameaças para intimidar os bancários, como sugere o novo PQV divulgado pela Caixa. Os problemas relatados nas agências e outras unidades da empresa indicam um retrocesso preocupante. Para a CEE, a prioridade no momento é combater o assédio e as metas desumanas, enfatizando o respeito e a valorização dos funcionários.

Durante a reunião, foi exigido um espaço específico para discutir o assédio moral e sexual, que afeta a imagem do banco público e é responsável por grande parte dos problemas de saúde dos empregados. Também foi cobrado o estabelecimento de um calendário de negociações, com um cronograma de debates, para que as reivindicações da categoria avancem em direção a propostas adequadas.

Além dos assuntos abordados na reunião, a CEE ressaltou a necessidade de avanços nas demandas dos trabalhadores. Eles afirmaram que a Caixa precisa tomar medidas urgentes para resolver problemas estruturais causados pelas gestões anteriores, como a divisão do banco em subsidiárias, a deterioração das áreas de infraestrutura e o estado precário dos equipamentos e mobiliários, que são considerados símbolos autoritários.

Mais reivindicações

– Fim do teto de gasto do Saúde Caixa, bem como a melhoria do plano;

– Valorização da Universidade Caixa com volta dos cursos presenciais;

– Processos seletivos internos transparentes, democráticos e abertos a todos;

– Home office com cumprimento efetivo da legislação sendo prioridade aos empregados com deficiência e aos empregados com filhos ou criança sob guarda judicial até 6 anos (art Art. 75-F CLT);

– Jornada reduzida para os pais de filhos PCDs (analogia a Lei nº 8.112/90);

– Rediscussão do PCS, ESU;

– Retorno das Gipes, bem como áreas de apoio aos empregados (descentralização – com uma por estado);

– Fim das funções por minuto, com efetivação dos empregados que executam hoje essas atividades;

– Fim do banco de horas negativo e dotação orçamentária necessária para as horas extras;

– Reparações aos empregados perseguidos na gestão anterior

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