O analfabetismo ainda representa um desafio significativo nos estados do Nordeste, onde 5,2 milhões de pessoas são consideradas analfabetas, sendo que 1 milhão delas é branca. De acordo com análise da PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua Educação 2022, a taxa de analfabetismo prevalece especialmente entre homens, principalmente os pretos ou pardos, e aqueles com 60 anos ou mais.
Na região, para cada 10 pessoas analfabetas, oito são pretas ou pardas, enquanto apenas duas são brancas. Esses números revelam que existem aproximadamente 2,8 milhões de homens e 2,4 milhões de mulheres analfabetos no Nordeste, o que representa 13% da população masculina acima de 15 anos e 10% da população feminina.
Indiscutivelmente, a intensificação dos cortes na educação e o desmonte de políticas públicas para o setor nos últimos anos são fatores que influenciaram negativamente para que a meta de redução do analfabetismo não fosse atingida. Essas medidas restritivas prejudicaram especialmente a população negra e parda, agravando ainda mais a desigualdade educacional na região do Nordeste.
Fonte: SBBA