No mês de junho, 43,5 milhões de brasileiros deixaram a linha da pobreza, o que equivale a 18,52 milhões de famílias. O principal vetor para essa mudança foi o Bolsa Família, que está garantindo a este público uma renda de pelo menos R$ 218 por pessoa. As informações são do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDAS).
O objetivo é tirar novamente o Brasil do mapa da fome e da insegurança alimentar, mas também reduzir a pobreza. Somente agora, no novo Bolsa Família, nós já comemoramos 18,5 milhões de famílias, 43,5 milhões de pessoas que elevaram a renda este ano e que estão fora da pobreza.
Nos últimos anos, a fome e a miséria voltaram a assolar parte considerável da população, um reflexo da pandemia, da crise socioeconômica e do descaso do governo de Jair Bolsonaro com as políticas públicas e de transferência de renda.
O Brasil havia deixado o Mapa da Fome da ONU (Organização das Nações Unidas) em 2014, após anos de investimentos dos governos de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff em políticas sociais e no desenvolvimento e geração de emprego e renda. Pouco a pouco, o cenário foi mudando até que se agravou a partir de 2020.
Segundo relatório divulgado pela ONU nesta quarta-feira (12), os três últimos anos foram marcados por sensível piora nos indicadores relativos à fome e à insegurança alimentar no Brasil. O documento aponta que 70,3 milhões de pessoas estão em estado de insegurança alimentar moderada —quando se enfrenta dificuldade para se alimentar. O levantamento também destaca que 21,1 milhões de pessoas no país estão em insegurança alimentar grave, caracterizado por estado de fome.
O país sofreu muito nos últimos três anos pela falta de cuidado e atenção com os mais pobres. Se tornou comum ver pessoas passando fome, na fila por ossos e catando comida no lixo para se alimentar. Isso foi a quebra e interrupção de um trabalho iniciado pelo presidente Lula em seus primeiros governos e que trouxe grandes avanços nesta área. Esse relatório da FAO comprova que os últimos anos representaram um período de degradação da população mais pobre do nosso país.
Sob seu governo, o Bolsa Família passou a ter, entre outras melhorias, o valor de R$ 142 per capitapago a cada membroda família, sendo garantido que cada família recebe, no mínimo, R$ 600. Além disso, foram estabelecidos os benefícios Primeira Infância — para famílias com crianças de 0 a 6 anos no valor de R$ 150 para cada uma — e o Variável Familiar, que assegura R$ 50 para gestantes, crianças e adolescentes (7 a 18 anos). Ao todo, até junho, 21,2 milhões de pessoas estavam sendo atendidas.
Outra medida importante viabilizada no começo do ano é a destinação, até o final de 2023, de mais de R$ 3,5 bilhões aos estados e municípios, voltados para o Programa Emergencial de Atendimento do Cadastro Único no Sistema Único de Assistência Social (Procad-SUAS), cujo objetivo é manter o funcionamento do Sistema Único de Assistência Social (SUAS), aprimorar o atendimento dos beneficiários dos programas sociais, atualizar o Cadastro Único e realizar busca ativa das famílias.
Fonte: Vermelho