Mulheres conquistaram há 89 anos o direito ao voto no Brasil

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Faz 89 anos que as mulheres brasileiras conquistaram o direito ao voto. Em 24 de fevereiro de 1932, com decreto do governo, o voto feminino foi assegurado. A conquista foi fruto de intensas lutas, tanto no país como em outras nações, onde as mulheres desenvolveram campanhas pelo direito ao voto. Mas cinco anos antes, a professora Celina Guimarães Viana* conseguiu o registro para votar, ao solicitar a inclusão de seu nome na lista de eleitores da cidade de Mossoró, no Rio Grande do Norte.

Papel importante também teve a advogada Berta Lutz, que participou das primeiras entidades de defesa dos direitos das mulheres no Brasil. Das campanhas das sufragistas e participação das trabalhadoras em grandes greves e mobilizações, desde o começo do século passado, as mulheres se empenharam em lutas não só pelo direito ao voto, mas para o reconhecimento da cidadania integral, com igualdade de direitos. Uma luta que se ampliou pelas dimensões política, social, econômica e comportamental.

As mais prejudicadas com a crise

“Nossa luta é permanente e ainda temos muitos desafios pela frente. Começamos 2021 com uma crise econômica e sanitária que prejudicam as mulheres de forma mais grave. Desde o início da pandemia, aumentaram os registros de violência doméstica. O desemprego nos atinge de forma mais aguda e agora são as mulheres que têm de manter milhões de famílias atingidas pelo fim do auxílio emergencial, que precisa voltar, mas não menos do que era antes de ser cancelado pelo governo”, afirmou a secretária da Mulher da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf), Elaine Cutis.

Categoria bancária

“A categoria bancária sempre teve um forte protagonismo na luta em defesa dos direitos das mulheres. Fomos a primeira categoria que conquistou, em negociação com o setor patronal, uma cláusula sobre igualdade de oportunidades. Temos uma mesa de negociação específica e permanente, onde debatemos de forma cotidiana questões relativas ao direito das mulheres. Agora criamos um canal específico nos bancos para dar auxílio às mulheres vítimas de violência doméstica e para romper o círculo da violência. Temos muitas coisas a discutir, para preparar nossas atividades em março”, afirmou a secretária da Mulher da ContrafT.

Março será o mês de lutas das mulheres na Contraf, com diversas atividades. Acompanhe as atividades pelo nosso site e nossas redes sociais e participe da mobilização das mulheres bancárias, que são referência à luta pelos direitos das mulheres trabalhadoras no Brasil.

*Celina Guimarães Viana está na imagem acima, que ilustra a matéria.

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