“NÃO PARAM DE CHEGAR NOVAS DENÚNCIAS”, DIZ OUVIDOR DAS POLÍCIAS DE SÃO PAULO SOBRE CHACINA DURANTE OPERAÇÃO NO GUARUJÁ

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Um número alarmante de denúncias sobre abusos policiais tem abalado o município do Guarujá, litoral de São Paulo, após uma operação que resultou na morte de ao menos dez pessoas no último fim de semana. Diversas entidades de defesa dos direitos humanos, incluindo a Ouvidoria das Polícias, reagiram ao ocorrido e exigem uma criteriosa apuração das circunstâncias das mortes.

O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) afirmou que não houve excessos por parte da polícia, mas segundo o jornal O Globo, o ouvidor Claudio Silva destacou que “não param de chegar novas denúncias” de violações dos direitos humanos durante a chamada “Operação Escudo”, deflagrada após a morte de um policial.

“Na tarde desta segunda-feira, Silva se dirigiu até o Guarujá para ouvir de perto as denúncias e acompanhar os relatos de familiares e moradores nas comunidades. A ouvidoria destacou que há ‘necessidade de criteriosa apuração das reais circunstâncias’ das mortes ocorridas por policiais porque ‘os relatos de moradores da região preocupam, ensejando ações de acompanhamento e prevenção por mecanismos de proteção de Direitos Humanos, no controle da atividade estatal’”, ressalta a reportagem.

A Defensoria Pública também foi acionada e planeja enviar representantes ao local para averiguar as denúncias de abusos. Nas redes sociais, moradores relatam um clima de apreensão e medo nas comunidades. O ministro dos Direitos Humanos, Sílvio de Almeida, também acionou a Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos para acompanhar as investigações.

A letalidade policial no estado já vinha aumentando desde que Tarcísio de Freitas assumiu a chefia do Executivo estadual, e mesmo sem considerar os casos no Guarujá, as mortes por intervenção de policiais militares em serviço aumentaram 26% em relação ao ano anterior. A Polícia Civil também apresentou crescimento no número de mortes em serviço.

O cenário tornou-se mais tenso após a morte do soldado Patrick Bastos Reis, da ROTA, durante um patrulhamento na comunidade Vila Zilda na quinta-feira da semana passada (27). Em resposta, a Operação Escudo foi deflagrada pelo governo estadual, gerando confrontos e mais mortes na região.

Fonte: Brasil 247

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