O Brasil passará a ter uma moeda paralela ao real. Mas o Drex, anunciado segunda-feira (7) pelo Banco Central (BC), não será um dinheiro convencional, em papel-poeda. Sua circulação ficará restrita aos meios digitais, como uma espécie de “real virtual”.
Demanda para esse tipo de moeda existe. No Brasil, o comércio eletrônico (e-commerce) cresce em média 20% ao ano e movimenta mais de R$ 160 bilhões. A pandemia de Covid-19 reforçou essa alta, ao levar milhões de brasileiros a fazer compras, pela primeira vez, em sites como Submarino, Mercado Livre, Amazon, Shopee, Americanas e Magazine Luiza.
A nova moeda foi batizada com uma sigla. Drex tem o “D” de “digital”, “R” de real e “E” de “eletrônico”, além de um “X” que remete ao Pix. Segundo o Banco Central, o objetivo da moeda é garantir “democratização tecnológica em pagamentos”, além de ser uma espécie de selo de segurança para os usuários que aderem.
“A solução propiciará um ambiente seguro e regulado para a geração de novos negócios e o acesso mais democrático aos benefícios da digitalização da economia a cidadãos e empreendedores”, informou, em nota, o BC.
Uma das apostas da instituição é que o Drex se torne uma espécie de meio de pagamento padrão, praticamente universalizado em sites de compras. Hoje, a falta de cartões de crédito ou Pix, por exemplo, leva muitas pessoas a desistirem da aquisição do produto. Mas a moeda virtual, alerta o BC, não é criptomoeda.
Em fase de testes, o Drex só deve chegar ao público no final de 2024, quando bancos e instituições de pagamento começarão a fazer sua distribuição, por meio de carteiras virtuais. Será possível – mas não recomendado – trocar real por Drex, já que as duas moedas terão a mesma cotação.
Fonte: Vermelho