No futebol brasileiro, cerca de 41,8% dos jogadores ou trabalhadores negros disseram ter sido vítimas de racismo durante o exercício da atividade esportiva. O dado foi divulgado numa pesquisa inédita realizada pelo Observatório da Discriminação Racial no Futebol, em parceria com a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e a Nike.
A pesquisa escutou 508 profissionais do futebol brasileiro e abordou questões relacionadas a raça, religião, orientação sexual e origem.
Os dados foram coletados entre os meses de julho e agosto, com profissionais atuantes nas Séries A e B do Campeonato Brasileiro masculino, além das Séries A1 e A2 do feminino.
Segundo o levantamento, 53,9% das profissionais sofreram ofensas oriundas de torcidas em estádio e 31% nas redes sociais. Cerca de 11,4% dos entrevistados também alegaram ter sofrido ataques dentro de centros de treinamentos e concentrações.
Aproximadamente 4,23% dos entrevistados declararam não ter religião específica, enquanto 5,08% se identificaram com candomblé e umbanda. O levantamento então destacou uma estatística preocupante: apenas 2,75% dos praticantes dessas religiões de origem de matriz africana sentem que suas crenças são respeitadas no contexto do futebol.
A CBF ampliou as penas pelos atos discriminatórios no futebol, com sanções que vão desde multas até a possibilidade de as equipes perderem pontos.
Fonte: Vermelho