OPERAÇÃO DA PF MIRA SUSPEITA DE FRAUDE NA INTERVENÇÃO FEDERAL NO RJ EM 2018

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Uma operação da Polícia Federal que investiga suspeita de fraudes cometidas na compra de equipamentos durante a intervenção federal no Rio de Janeiro em 2018 cumpre 16 mandados de busca e apreensão em quatro estados da federação na manhã de hoje.

Interventor federal no Rio de Janeiro na época, nomeado pelo então presidente Michel Temer, general Braga Neto teve o sigilo telefônico quebrado. Ele não é alvo da operação, mas investigado. O UOL busca contato com o ex-ministro da Casa Civil no governo Bolsonaro. Aliados veem a ação como “jogo político”.

Além dos crimes de corrupção ativa e passiva, a operação apura se servidores públicos federais cometeram os crimes de patrocínio de contratação indevida, dispensa ilegal de licitação e organização criminosa durante a compra de 9.360 coletes balísticos no período da intervenção.

As compras em questão foram feitas com a empresa americana CTU Security LLC pelo gabinete de intervenção federal.

O valor total do sobrepreço da compra dos coletes foi de R$ 4.640.159,40, segundo análise do Tribunal de Contas da União. O valor total pago à empresa pela compra após despesa de licitação foi de R$ 40.169.320,80 (US$ 9.451.605,60), entregues no dia 23 de janeiro de 2019. O valor foi estornado à União após suspensão de contrato, em setembro do mesmo ano.

A Agência de Investigações de Segurança Interna dos Estados Unidos ajudou nas investigações, apontando o sobrepreço dos coletes balísticos comprados pelo Brasil. O suposto crime foi descoberto durante a investigação do país sobre o assassinato do presidente haitiano Jovenel Moises, em julho de 2021. Na ocasião, segundo as investigações dos EUA, a CTU Security LLC forneceu a logística militar para executar o então presidente.

O interventor designado pela presidência de Michel Temer na época era o General Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil no governo Bolsonaro.

Fonte: UOL

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