OUTUBRO ROSA: DESIGUALDADE SOCIAL TEM REFLEXOS NO DIAGNÓSTICO DE CÂNCER DE MAMA

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Segundo o Instituto Oncoguia, quando o câncer de mama é diagnosticado precocemente a chance de cura é de 95%. Por outro lado, quando a descoberta é tardia essa taxa cai para 50%.

O Outubro Rosa é uma campanha que começou nos Estados Unidos, na década de 1990, e desembarcou no Brasil em 2002. Em 2011, a campanha passou a incluir a prevenção do câncer de colo de útero e a atenção à saúde da mulher como um todo.

Mas, apesar de campanhas e uma lei que garante celeridade no diagnóstico para que possa acontecer o início de tratamento o mais rápido possível, levantamento do Instituto Nacional do Câncer (Inca), divulgado em 2022, mostra que o câncer de mama segue ocupando o primeiro lugar no país do câncer que mais mata mulheres (16,1% do total de óbitos por tumores malignos).

Outra pesquisa, divulgada pelo Datafolha no início do mês, revela ainda que o conhecimento sobre o câncer de mama é menor entre mulheres menos escolarizadas e das classes D/E. Entre as mulheres com nível superior, 78% se classificaram como bem-informadas, enquanto entre as mulheres com o ensino fundamental, apenas 64% se consideram bem-informadas. Na separação por classes econômicas, 85% das mulheres das classes A/B são classificadas como bem-informadas, contra 58% das que estão nas classes D/E.

O mesmo levantamento do Datafolha revelou que as mulheres pretas (28%) e pardas (33%) relatam mais dificuldade para obter informações sobre o câncer de mama do que as brancas (20%).

O Observatório da Oncologia do Movimento Todos Juntos contra o Câncer confirma o prejuízo dessa desigualdade sobre a vida de mulheres negras. Levantamento feito pela ONG, e divulgado este ano, mostrou que, em média, as mulheres brancas levam 37 dias para obter a confirmação do câncer de mama. Entre as mulheres pretas e pardas, essa média é de 42 dias.

Fonte: Contraf

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