RIQUEZA CONCENTRADA, POBREZA MULTIPLICADA

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É essencial lançar um olhar radical sobre o avanço da extrema direita e do ultraliberalismo, principais responsáveis pela crescente desigualdade global. Os números denunciam o impacto avassalador da acumulação de riqueza nas mãos de poucos sobre a vida dos mais pobres.

No Brasil, a linha da pobreza aumentou durante o governo Bolsonaro. Os últimos dados apresentados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), referentes a 2021, apontam 62,5 milhões de pessoas na pobreza. Desses, 17,9 milhões viviam na miséria total. A maioria (37,7%) é preta e parda e apenas 18,6% são brancos, o que escancara o racismo estrutural da sociedade brasileira.

Infelizmente, o Brasil não está sozinho. No mundo, 1,2 bilhão de pessoas em 111 países em desenvolvimento vivem em pobreza multidimensional aguda, quase o dobro da definição tradicional de viver com menos de US$ 1,90 por dia.

Enquanto pessoas morrem de fome, o número de bilionários aumenta. Durante a pandemia, os brasileiros viram 40 novos bilionários surgirem. Globalmente, 660 novos bilionários emergiram, elevando o total para 2.668 indivíduos, que agora controlam US$ 13,1 trilhões, quase 10 vezes o PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil.

A pobreza é um produto necessário ao ultraliberalismo, que acumula riqueza ao mesmo passo que produz e reproduz a miséria. Para se ter uma ideia, durante a pandemia, 42 brasileiros lucraram mais do que todo o custo do auxílio emergencial, cerca de US$ 34 bilhões (mais de R$ 180 bilhões).

Fonte: SBBA

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